MEI para audiovisual: vale a pena? Veja os prós e contras!

Se você trabalha com produção audiovisual, seja como videomaker, editor de vídeo, operador de câmera ou até mesmo como freelancer de criação de conteúdo, já deve ter se perguntado: vale a pena abrir um MEI?

Essa é uma dúvida muito comum entre profissionais da área, principalmente quando os trabalhos começam a crescer e surge a necessidade de emitir nota fiscal ou organizar melhor os recebimentos. E sim, o MEI pode ser uma ótima porta de entrada para formalizar sua atuação — mas nem tudo são flores.

Neste post, vamos mostrar os principais prós e contras do MEI para quem atua no setor audiovisual, para te ajudar a tomar a melhor decisão com base no seu momento profissional.

O que é o MEI?

O MEI (Microempreendedor Individual) é um regime simplificado de formalização para quem trabalha por conta própria. Ele foi criado para facilitar a vida do pequeno empreendedor, oferecendo tributação reduzida, burocracia mínima e acesso a benefícios como INSS, aposentadoria e emissão de nota fiscal.

Mas nem todo mundo pode ser MEI. Para isso, é preciso:

  • Faturar até R$ 81 mil por ano (ou R$ 6.750 por mês);
  • Não ter participação em outra empresa como sócio ou titular;
  • Ter, no máximo, um funcionário registrado;
  • Atuar em uma das atividades permitidas no MEI.

E é aí que entra o primeiro ponto importante para quem é do audiovisual: a sua atividade precisa estar na lista permitida para MEI.

Profissões do audiovisual que podem ser MEI

Infelizmente, muitas atividades da área audiovisual ainda não são permitidas como MEI. Mas isso não significa que está tudo perdido.

Por exemplo, atividades como:

  • Filmagem de festas e eventos (com CNAE 7420-01/01)
  • Serviços de edição de vídeos
  • Operação de drones para filmagens
  • Fotografia

Essas atividades, dependendo da descrição e do enquadramento no CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), podem ser aceitas no MEI, especialmente quando relacionadas à cobertura de eventos.

Já outras mais técnicas, como produção cinematográfica, direção de filmes, roteirismo e edição de programas para TV, geralmente não se enquadram no MEI e exigem abertura de empresa em outro regime, como o Simples Nacional.

Por isso, é fundamental entender exatamente qual é a sua atividade principal, e qual o CNAE correspondente.

Vantagens do MEI para quem pode se formalizar

Se a sua atividade está liberada para o MEI, vale a pena considerar os seguintes benefícios:

1. Baixo custo mensal

O MEI paga uma taxa fixa mensal, que em 2025 gira em torno de R$ 70 a R$ 80, dependendo da atividade. Esse valor já cobre os tributos federais e dá direito aos benefícios previdenciários.

2. Emissão de nota fiscal

Com o MEI, você pode emitir nota fiscal para empresas — algo cada vez mais exigido, principalmente por agências, produtoras e clientes corporativos.

3. Cobertura do INSS

Você passa a contribuir como segurado, com direito a aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade e outros benefícios.

4. Abertura simplificada

Dá para abrir um MEI de forma gratuita e online, em poucos minutos. Além disso, a contabilidade não é obrigatória, o que facilita bastante a rotina de quem trabalha sozinho.

E os contras?

Apesar das facilidades, o MEI também tem algumas limitações importantes — e que podem ser decisivas dependendo da sua realidade profissional.

1. Limite de faturamento

O teto anual de R$ 81 mil pode ser um entrave para quem já tem uma boa demanda ou presta serviços com ticket mais alto. Se você ultrapassar esse valor, terá que migrar para outro regime e pagar impostos retroativos.

2. Atividades restritas

Como falamos acima, nem toda profissão do setor audiovisual pode ser registrada como MEI. Às vezes, o profissional precisa “forçar” o enquadramento em uma categoria próxima, o que pode gerar problemas com fiscalização ou dificuldade na emissão de notas.

3. Imagem profissional

Em alguns casos, empresas maiores preferem contratar CNPJs que não sejam MEI, por questões fiscais e contratuais. Além disso, para projetos maiores, pode ser necessário um porte empresarial mais robusto.

4. Sem sociedade ou sócio

O MEI não permite sócios. Ou seja, se você quer montar uma produtora com outra pessoa ou crescer como empresa, terá que sair do MEI e abrir uma LTDA ou outro formato.

MEI é um bom começo — mas com atenção

Para quem está começando no audiovisual, ou atua de forma mais pontual (como freelancer de edição, videomaker de eventos, etc.), o MEI pode ser uma excelente maneira de se formalizar e pagar menos impostos.

Mas é importante analisar bem sua atividade, o faturamento e seus planos para o futuro. Se você já está crescendo, fechando projetos maiores ou pensa em montar uma produtora, talvez seja hora de pensar em outros modelos de empresa, como o Simples Nacional ou até uma sociedade.

Dica final: antes de abrir o CNPJ por conta própria, fale com um contador especializado no setor criativo. Ele pode te ajudar a escolher o melhor caminho e evitar dor de cabeça no futuro.

E aí, ficou em dúvida se o MEI é ideal para você? A Status Contábil pode te ajudar a analisar sua situação e indicar a melhor forma de se formalizar. Fale com a gente e comece a trilhar o caminho da formalização com segurança e economia!

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