Como economizar até 60% na carga tributária no setor de saúde

O setor de saúde no Brasil enfrenta desafios constantes, e um dos principais é a alta carga tributária. Hospitais, clínicas, laboratórios e profissionais da área lidam com impostos que, se não forem gerenciados corretamente, podem comprometer significativamente a rentabilidade do negócio.

A boa notícia é que existem estratégias legais para reduzir essa carga em até 60%, garantindo que sua empresa pague apenas o necessário e evitando riscos fiscais. Neste artigo, vamos explicar como isso é possível e quais são as principais formas de economizar nos impostos sem infringir a legislação.

O impacto da carga tributária no setor de saúde

O Brasil possui um sistema tributário complexo, e no setor de saúde não é diferente. Dependendo do regime de tributação adotado, os impostos podem representar uma parcela significativa do faturamento da empresa.

Os principais tributos que impactam clínicas, hospitais e consultórios são:

  • IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica);
  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);
  • PIS e COFINS (tributos sobre faturamento);
  • ISS (Imposto sobre Serviços, cobrado pelos municípios);
  • INSS (contribuições previdenciárias sobre folha de pagamento).

Com uma estratégia tributária bem planejada, é possível reduzir a carga fiscal de forma legal e aumentar a competitividade do seu negócio.

Principais estratégias para reduzir impostos no setor de saúde

1. Escolha do regime tributário adequado

A escolha do regime tributário é um dos principais fatores que influenciam a economia fiscal. No Brasil, existem três principais regimes:

Simples Nacional

  • Indicado para pequenos consultórios e clínicas com faturamento de até R$4,8 milhões por ano.
  • Reúne diversos tributos em uma única guia, simplificando o pagamento.
  • Pode ser vantajoso, mas nem sempre é a melhor opção, pois as alíquotas variam de acordo com o faturamento.

Lucro Presumido

  • Ideal para clínicas e hospitais de médio porte.
  • A tributação é feita com base em um percentual fixo do faturamento, o que pode reduzir a carga tributária se os custos forem baixos.
  • A alíquota do IRPJ e da CSLL costuma ser mais vantajosa do que no Lucro Real.

Lucro Real

  • Melhor opção para grandes hospitais e redes de clínicas, especialmente aqueles com altos custos operacionais.
  • Permite deduzir despesas, reduzindo o imposto sobre o lucro efetivo da empresa.
  • Exige mais controle contábil, mas pode gerar grandes economias para negócios com margens de lucro reduzidas.

2. Redução do PIS e COFINS

No Lucro Presumido, as alíquotas de PIS e COFINS somam 3,65% sobre o faturamento. Já no Lucro Real, esse percentual sobe para 9,25%, porém permite o aproveitamento de créditos tributários.

Hospitais e clínicas que optam pelo Lucro Real podem utilizar créditos de PIS e COFINS para reduzir a carga tributária, abatendo despesas como:

  • Insumos médicos e medicamentos;
  • Energia elétrica e locação de equipamentos;
  • Serviços terceirizados essenciais para a atividade.

Essa estratégia pode reduzir significativamente os tributos pagos.

3. Planejamento da folha de pagamento

Os encargos trabalhistas representam uma grande parte dos custos no setor de saúde. Para reduzir esse impacto, algumas medidas podem ser adotadas, como:

  • Contratação de médicos e profissionais de saúde como Pessoa Jurídica (PJ), o que reduz os encargos previdenciários e trabalhistas;
  • Uso de cooperativas médicas, que podem ter uma tributação mais vantajosa;
  • Planejamento do pagamento de pró-labore e distribuição de lucros, reduzindo a incidência de INSS sobre os rendimentos.

Essas estratégias devem ser analisadas com cuidado para garantir conformidade com a legislação trabalhista.

4. Benefícios fiscais para o setor de saúde

O governo oferece alguns incentivos para empresas do setor de saúde que podem gerar economia tributária, como:

  • Imunidade tributária para hospitais filantrópicos, que podem ser isentos de certos tributos, desde que atendam aos requisitos legais;
  • Desoneração da folha de pagamento, permitindo substituir a contribuição previdenciária sobre a folha por um percentual sobre o faturamento;
  • Isenção ou redução de ISS em alguns municípios, que concedem incentivos para determinados tipos de serviços de saúde.

Pesquisar os benefícios disponíveis na sua cidade e estado pode gerar economias expressivas.

5. Gestão eficiente de tributos e auditoria fiscal

Muitas empresas do setor de saúde pagam mais impostos do que deveriam simplesmente por falta de planejamento tributário. Algumas ações que podem otimizar a carga fiscal incluem:

  • Revisão dos códigos fiscais utilizados na emissão de notas fiscais, para garantir a correta aplicação das alíquotas;
  • Auditoria tributária, para identificar pagamentos indevidos e recuperar valores pagos a mais;
  • Assessoria contábil especializada, para garantir o aproveitamento de todas as oportunidades legais de economia.

Quanto é possível economizar?

Dependendo do tamanho e do tipo de atividade da empresa, é possível reduzir a carga tributária em até 60% com as estratégias corretas. A maior economia geralmente vem da escolha do regime tributário certo, da utilização de créditos de PIS e COFINS e do planejamento da folha de pagamento.

Cada caso é único, por isso, contar com uma consultoria especializada pode fazer toda a diferença para garantir que sua empresa pague apenas o necessário, sem correr riscos fiscais.

A alta carga tributária no setor de saúde pode ser um grande desafio, mas com um bom planejamento, é possível reduzir significativamente os impostos e melhorar a rentabilidade do seu negócio.

A chave para essa economia está na escolha do regime tributário correto, no aproveitamento de créditos fiscais, na gestão eficiente da folha de pagamento e no uso de benefícios fiscais disponíveis.Se você tem um hospital, clínica ou consultório e quer saber como pagar menos impostos de forma legal, busque uma assessoria contábil especializada. Com a estratégia certa, seu negócio pode economizar até 60% na carga tributária, garantindo maior competitividade e sustentabilidade financeira.

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